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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Faça "brainstorming" em sua vida!

Meus caros:

   Aprendi a técnica do “brainstorming” com Douglas Burtet, da Render Capacitações, com a finalidade de aplicação profissional. Contudo, lendo o material complementar que recebi na oportunidade conclui que, além da esfera profissional e coletiva, podemos usar o “brainstorming” para encontrar soluções para questões com um caráter mais pessoal e/ou individual.
  
   Por exemplo: você mora em apartamento e sua filha quer um cachorro, algo que não lhe agrada muito. Você resolve construir uma casa e precisa definir como gostaria que a casa fosse. O orçamento da família está estourado e é preciso descobrir como colocar as coisas nos eixos. Você gostaria de dar uma guinada em sua carreira, que está meio estagnada, e para isso precisa descobrir o que fazer.

   Todas essas situações da vida diária podem ter no “brainstorming” uma ferramenta interessante para ajudar no processo de tomada de decisão e escolhas dos caminhos a serem seguidos.  No caso do cachorro, é possível reunir a família para encontrar soluções que possam resolver o impasse. Para a casa, novamente a família reunida poderá apresentar tudo aquilo que espera do novo lar. Quanto ao orçamento, o pensamento coletivo de todos os que compõe a economia familiar pode ajudar a encontrar uma luz no fim do túnel. No plano da carreira, a multiplicidade de ideias do que fazer e como fazer permitirá encontrar algum caminho efetivo de mudança.

   Pois bem, para compreender o que estou dizendo é preciso antes de tudo saber que “brainstorming”, ou “tempestade de ideias”, na tradução para o português, é uma ferramenta que visa encontrar ideias, soluções, causas, conceitos para alguma questão formulada, em um ambiente livre de críticas ou restrição à criatividade/imaginação. O foco é gerar ideias em grande quantidade, por mais absurdas que sejam. A análise sobre a aplicabilidade e viabilidade das soluções é algo para um momento seguinte, em que se usará tudo o que foi apresentado para tomar decisões.

   A primeira etapa de um “brainstorming”, portanto, pressupõe esclarecer aos participantes que: (i) qualquer ideia é válida, ou seja, nenhuma sugestão deve ser criticada, contestada ou debatida nesse momento; (ii) quanto mais sugestões melhor, por mais ridículas que sejam; (iii) deve haver liberdade total  nas sugestões, anotando-se toda e qualquer ideia que surja; (iv) uma ideia que seja complementação ou alteração de outra deve ser anotada como uma ideia nova, não se discutindo a ideia originária no momento de criação; (v) todos devem ter a chance de apresentar suas sugestões.

   A segunda etapa é definir o problema, deixando claro aos participantes qual a questão para a qual se quer ideias de solução. Transformar o problema em uma pergunta objetiva e colocá-la por escrito na frente de todos é uma boa estratégia.

   O passo seguinte é a geração de ideias. Deve haver um tempo máximo para essa etapa. Em geral o tempo vai de 30 a 60 minutos, de acordo com a complexidade do assunto. No início deve-se dar alguns minutos para que os participantes pensem no assunto. A partir daí toda sugestão apresentada deve ser anotada de forma que todos possam vê-la. Quem anota não deve interpretar, apenas anotar.

   Esgotadas as ideias, ou encerrado o tempo, as sugestões devem ser relidas, para assegurar o correto entendimento, aproveitando-se, ainda, para eliminar as duplicidades. Feito isso o “brainstorming” está encerrado. A etapa seguinte, de análise das ideias a serem utilizadas na solução do problema, já faz parte do processo decisório.

   Sobre essa etapa de seleção das sugestões a serem aplicadas é importante observar que mesmo as ideias não aproveitadas devem ser guardadas. Afinal, algo que não foi útil hoje pode fazer todo o sentido amanhã ou depois. É interessante, ainda, mostrar aos participantes como o “brainstorming” foi importante na solução da questão apresentada.

   Uma variação do “brainstorming” é o “brainwriting”, em que as ideias são anotadas em folhas de papel e passadas ao coordenador da atividade, sem identificação dos autores. Em ambientes muito hierarquizados essa solução pode ser interessante para que as pessoas sintam-se menos preocupadas em apresentar sugestões, especialmente as que possam tocar em pontos sensíveis da hierarquia.

   Por fim, como já mencionei, é possível ainda fazer um “brainstorming” individual, como instrumento para auxiliar na geração de soluções que não dependam de uma análise coletiva ou mesmo para problemas estritamente individuais/pessoais. Nesse caso todas as etapas são feitas por uma só pessoa.

   É isso, meu caros. Espero que lembrem da possibilidade de usar o “brainstorming” sempre que estejam diante de algum problema aparentemente sem solução. Como mencionei na postagem da semana passada, a ferramenta nos ajuda a ver possibilidades que estão na nossa frente e muitas vezes não conseguimos perceber.

Um abraço e até semana que vem,

Emmerson Gazda

2 comentários:

  1. Caro Emmerson,

    Essa "tempestade de ideias" me parece o equivalente de verificar todas as hipóteses possíveis.

    O difícil é não atacar, de plano, as ideias aparentemente absurdas de plano... Tem que contar até dez!

    Abraço,

    Márcio
    Londrina

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  2. Márcio:

    O grande mérito dessa técnica é justamente deixar para depois a verificação das hipóteses possíveis. O processo de verificação é que determina crítica e descarte de ideias que poderiam ser desenvolvidas. Então primeiro você levanta só as hipóteses, depois, com calma, você analisa sua viabilidade e escolhe quais vai utilizar.

    Um exemplo clássico sobre essa questão é o de uma empresa que usava jornal velho no processo de embalagem de seu produto. Foi constatado que os funcionários perdiam tempo de trabalho lendo as notícias antigas. Então, em um brainstorming, alguém deu a ideia de "furar os olhos dos empregados". Em princípio a ideia é ridícula, mas teve que ser anotada, pois a técnica manda isso. Depois, contudo, analisando as possibilidades levantadas, concluiu-se que furar os olhos dos funcionários não era possível, mas poderiam contratar cegos para a função.

    Um abraço,

    Emmerson

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