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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Razões e emoções para deixar de fumar!

Meus caros:

   Semana passada escrevi sobre as lições que podemos aprender com nossos filhos. Isso fez-me lembrar de um exemplo bastante positivo que alguns pais e mães dão aos seus filhos antes mesmo de seu nascimento: param de fumar. Nunca tinha pensado que o amor aos filhos é um grande motivador para uma atitude que exige bastante força de vontade e comprometimento. Largar um vício como o cigarro não é algo fácil. É preciso perseverança e auxílio profissional, conforme o caso. Hoje, inclusive, em muitos lugares o SUS já possui tratamento para o tabagismo, que pode ser procurado como apoio. Ao mesmo tempo é preciso colocar a vontade de parar de fumar como uma grande meta de vida. A paternidade ou a maternidade, por exemplo, podem ser aproveitadas nessa difícil missão, impulsionando o desejo de viver muitos anos e de propiciar um ambiente saudável para os filhos.

   Além disso, algumas reflexões sobre como a vida será melhor sem o cigarro podem ajudar a não desistir diante das dificuldades que certamente aparecerão pelo caminho. São essas reflexões que apresento na postagem de hoje, imaginando que possa contribuir para que algum dos leitores tome a decisão de dar o primeiro passo para largar o vício do cigarro. Ou, o que também é importante, evitar que dê o primeiro passo em sua direção.

   Pois bem, o primeiro ponto que surge quando se fala em cigarro é sempre a questão da saúde. Pessoalmente acredito que nem precisaria fazer essa abordagem. Todos sabem que o cigarro mata, é altamente cancerígeno, causa impotência, infarto, hipertensão, bronquite, entre tantos outros efeitos graves. Não é a toa que estudos mostram que cada cigarro fumado diminui a vida em 15 minutos. Isso significa que quem fuma um maço de cigarros por dia (20 cigarros) está por dia perdendo 5 horas de vida. É cerca de 20% do dia (24 horas). Em 50 anos como fumante são 10 anos a menos, o que é bem significativo. Fora a precariedade do estado de saúde, especialmente nos anos de velhice (se existirem). Imaginem, então, alguém que fuma uma quantidade maior de cigarros? É só fazer a multiplicação e calcular o prejuízo.

   Mas tem um outro aspecto ainda mais complexo nessa questão da saúde. É que infelizmente o cigarro não faz mal apenas para o fumante. Ele afeta todos os que convivem com a fumaça de uma forma bastante agressiva. O fumo de forma passiva causa males respiratórios, inclusive podendo levar à morte, em casos de evolução para pneumonia (principalmente nas crianças que já tem algum problema respiratório). Além disso, estudos recentes mostram que os fumantes passivos também podem se tornar dependentes de nicotina, apresentando sintomas de insônia, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração típicos de um fumante, quando a nicotina esteja ausente. E como se não bastasse tudo isso, do ponto de vista psicológico, tem-se que o fato dos pais fumarem é um grande facilitador para os filhos experimentarem o cigarro, com o risco de partir dele para outras drogas. Sobre isso li recentemente uma notícia de uma pesquisa do Hospital das Clínicas de Pernambuco em que se constatou que 90% dos jovens fumantes tem na família pai ou mãe fumante. Portanto, os pais que deixam de fumar motivados pela existência dos filhos estão dando um grande presente a si mesmos e principalmente a seus filhos, netos, bisnetos, etc.

   Ultrapassa a questão da saúde e dos efeitos do cigarro também sobre as pessoas que amamos e vivem ao nosso redor, há uma outra dificuldade para os fumantes que vem ganhando força ultimamente: tratam-se da barreiras sociais ao fumante, que vê o desfrute de seu vício cada vez com espaços e aceitação social mais limitados. Há hoje diversas leis limitando os locais em que se pode fumar. Igualmente as pessoas que não fumam estão sendo mais ativas em exercer seu direito de não terem sua saúde prejudicada pela fumaça do cigarro. Com isso o fumante, que no passado foi visto como alguém de destaque, atualmente está sendo preterido nas relações sociais, não raro tendo que fumar furtivamente, quase que às escondidas. Enfim, o vício de fumar já não traz mais o prazer da companhia coletiva, isolando a pessoa em si mesma ou dentro de grupos em que só existam fumantes. Deixar o vício do fumo certamente abre hoje, e especialmente para o futuro, novos horizontes de convivência social.

   Por fim, quero fazer uma abordagem financeira da questão. Trata-se de algo que quase não se vê, mas que é bem significativo e interessante, considerando que o gasto com cigarro é algo que se estende por toda a vida do fumante. Pois bem, fiz algumas simulações de aplicações financeiras com taxa de rentabilidade de 10% ao ano, tendo como base o investimento mensal no valor do consumo de uma carteira de cigarro por dia, ao custo de R$ 4,00/dia, R$ 120,00/mês. Os números são surpreendentes, em termos de quanto dinheiro a pessoa teria com a substituição da compra do cigarro pela aplicação financeira.

   Vejam só: em 10 anos, a aplicação estaria em R$ 25 mil. Em 20 anos, R$ 90 mil. Em 30 anos, R$ 240 mil. Em 40 anos, R$ 660 mil. Em 50 anos, R$ 1,7 milhões! Fiquei impressionado com essas quantias, mesmo considerando os efeitos da inflação sobre a rentabilidade (vide comentários sobre os efeitos da inflação). Isso sem contar gastos com medicamentos, médicos, hospitais e outros custos em termos de saúde, que o fumante em regra tem acrescidos ao custo normal do envelhecimento.


   Enfim, meus caros, as questões de saúde, de implicação sobre as pessoas que amamos, de relacionamento social e financeiras são um bom caminho de reflexão para dar solidez à  decisão de para de fumar. O resto do trabalho, que é a parte mais difícil da luta contra o vício, somente o fumante pode capitanear. Mas certamente cada um tem por perto muitas pessoas que estão dispostas a auxiliar no sucesso desse projeto. Ainda mais se lerem a presente postagem!

Um grande abraço e até semana que vem,

Emmerson Gazda
www.artedaexcelencia.blogspot.com      

2 comentários:

  1. Meus caros:

    Após a publicação dessa postagem achei interessante analisar com mais cuidado a questão dos efeitos da inflação sobre os resultados obtidos com a substituição do cigarro por uma aplicação financeira.

    Pessoalmente achei que os resultados eram um pouco exagerados, pelo valor mensal da aplicação. De qualquer modo foram os números obtidos em simulador de investimento de uma instituição financeira, sem qualquer ressalva.

    Resolvi, então, fazer uma outra simulação, partindo do pressuposto que dentro da rentabilidade de 10% ao ano, utilizada na postagem, uma parte é inflação. Em geral cerca de 5% a 6% ao ano.

    Percebi, assim, que de fato chegaremos a R$ 1,7 milhões em 50 anos, aplicando R$ 120,00 ao mês. Só que daqui 50 anos R$ 1,7 milhões não terá o mesmo poder de compra que tem hoje.

    Nessa nova simulação, considerando juros de 4% ao ano (aplicação de 10% ao ano menos uma inflação de 6% ao ano), obtive os seguintes resultados: R$ 17 mil em 10 anos, R$ 42 mil em 20 anos, R$ 80 mil em 30 anos, R$ 135 mil em 40 anos e R$ 215 mil em 50 anos.

    Os valores ainda são impressionantes, especialmente se considerado que se trata da mera subsituição do cigarro por uma aplicação financeira. Mas fica a ressalva da importância de se considerar o efeito da inflação em qualquer tipo de investimento.

    Um grande abraço,

    Emmerson

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  2. Por isso que o investimento em imóveis, embora não tenham tanta rentabilidade e liquidez quanto uma aplicação financeira, pode ser um bom negócio, porque fica a salvo da inflação e, se bem escolhido, irá valorizar com o passar do tempo.

    Abraço,

    Márcio

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