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quarta-feira, 28 de março de 2012

A excelência no coletivo!

Prezado(a),

   Semana passada meu filho começou a aprender as primeiras lições do basquete. Um pouco cedo para um garoto de oito anos, mas necessário para exercitar-se em um esporte mais atlético do que o recentemente cada vez mais jogado videogame.

   Ver os primeiros passos de meu filho na quadra, ainda enorme perto de seu porte minguado, lembra-me que meu pai sempre dizia: pratique um esporte coletivo, ele irá ajudá-lo a completar sua formação. Infelizmente, percebe-se que muitos conseguem trabalhar em grupo, mas sofrem ao participar de uma equipe. E qual a diferença? São muitas. E os resultados completamente diferentes. Tanto do ponto de vista do que é gerado, quanto da satisfação em se participar das atividades.

   Talvez a característica mais marcante de uma equipe seja a preponderância de um objetivo comum sobre o individual. Isto exige muito de seus membros. Abdicar de vantagens, ganhos ou resultados individuais em detrimento do grupo todo não é fácil. Este é um terreno fértil para desestabilização de grupos e desintegração de falsas equipes. Aquelas onde os membros não atingem a necessária excelência para o trabalho coletivo com eficiência.

   Jamais esqueci o desafio que Bernardinho lançou ao seu time após vencerem um dos campeonatos: decidir como dividir o dinheiro do prêmio. Qual a melhor regra para ser devidamente justo com estrelas e estrelinhas de um time campeão mundial? Impossível ser justo. Pois se o time tiver estrelinhas já está errado. Um time precisa trabalhar de forma harmoniosa. Assim também, equipes que desejam a excelência precisam de membros com um bom relacionamento humano. Que tal? Todo mundo se dando bem com todo mundo! Não é fácil. A excelência no coletivo exige muito de todos os participantes.

   Sem exaurir todas as características importantes de uma equipe, gostaria de comentar sobre a complementação das competências dos participantes. Pessoas se juntam em grupo para resolver problemas que não conseguiriam sozinhas. Olhando assim, de forma isolada, parece que em uma equipe cada um tem responsabilidade limitada. No entanto isto não se aplica aos grupos que realmente trabalham como uma equipe. Por compartilharem um objetivo comum superior ao individual todos assumem responsabilidade integral sobre o resultado. Se um não estiver conseguindo dar conta do recado, os demais ajudam. Percebe-se facilmente que um grupo não se encontra suficientemente unido e com espírito de equipe quando se ouve comentários do tipo: não deu certo porque fulano não fez isto ou fez aquilo. Em uma verdadeira equipe todos assumem responsabilidade pela derrota e compartilham igualmente do sucesso.

   Na vida profissional participei de muito projetos. Em grupos que considero verdadeiras equipes e outros em que os interesses individuais se mostravam por demais conflitantes para se unirem em algo verdadeiramente comum. Você percebe quando as coisas ficam apertadas. Quando está caminhando conforme o planejado, todo mundo se dá bem. É quando surgem os problemas, atrasos ou quando se fica atrás no placar que se percebe qual o espírito do grupo. Em muito grupos começam discussões e o primeiro a ser prejudicado é o relacionamento interno. Já nas verdadeiras equipes as pessoas sabem se relacionar aceitando críticas, sugestões e propondo-se a ajudar mais para suprir deficiências no cumprimento da tarefa. O trabalho em equipe é assim. Já o trabalho em grupo é como aqueles que se faz na escola, onde alguns poucos geram resultado e outros pedem para incluir o nome na lista de participantes.

   Talvez você esteja se perguntando como terminou o caso do time de vôlei que recebeu a missão de dividir o prêmio. Cada um recebeu uma fração igual do bolo. Mesmo sabendo-se que esta é a conclusão óbvia em se tratando de um time, tem-se a certeza de que ninguém além do próprio time poderia tomar esta decisão sem criar descontentamentos entre os participantes. Este é um resultado que só pode ser alcançado pela própria equipe.

   Se já não o fazes, deixo um desafio: que tal participar de uma equipe? Pense, por exemplo, em praticar um esporte coletivo e aprenda muito sobre como lidar consigo mesmo e com os outros. Ontem conversei com um veterano do basquete e disse-me que procura algo coletivo para fazer. Já bem adiantado dos sessenta anos acredita que não conseguirá continuar com o esporte até os 100. No entanto, sente a necessidade de continuar aprendendo e lidando com pessoas. Há várias oportunidades além do esporte. Até os cem anos terá ainda oportunidade de experimentar e se divertir com muitas delas.

Abraços,

Emmanuel Gazda

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