Meus caros:
Hoje acordei inspirado a escrever algumas postagens aqui para o blog. E logo de início faço um convite para refletirmos sobre aquilo que move cada um, os motivos de cada um. É daí que vem a palavra motivação, que significa, como a própria palavra diz, aquilo que nos motiva a agir.
Esse é um assunto bastante em voga nos dia de hoje. Fala-se muito na necessidade de motivar os jogadores em um jogo decisivo ou na importância de, no trabalho, manter a equipe motivada, por exemplo. Existem livros sobre o assunto, palestras que voltam e meia nos convidam para assistir, filmes que inspiram motivação.
O que me chama a atenção, entretanto, é que mesmo com essa verdadeira “indústria” da motivação que existe ao nosso redor, percebo que há um grande número de pessoas desmotivadas. Desmotivadas para o trabalho, para a família, para o companheiro(a), para os filhos, para o lazer, para as amizades, para a espiritualidade, para a vida. Em todas essas áreas, o que é um caso mais grave, ou em algumas delas apenas, o que é mais comum.
As questões aqui são: por quê isso acontece? O que se pode fazer para sair da teoria da “indústria” da motivação e conseguir de fato encontrar uma motivação duradoura?
A principal razão de perdermos a motivação na minha visão é algo bastante simples, ainda que as situações em que ela surge possam ser complexas. Trata-se de um processo natural da vida, inerente ao ser humano, que tem a tendência a se acomodar ao longo do tempo. Quer dizer, em determinados momentos da vida traçamos planos, fixamos objetivos e vamos atrás da realização de nossos projetos. Nesses momentos estamos plenamente motivados e nada nos impede de ir atrás do que queremos. Com o passar do tempo, contudo, o ímpeto inicial vai se perdendo e como regra nossa motivação diminuindo. E aí, conquistando ou não o objetivo, temos a tendência de acomodação, a tendência de procurar uma “zona de conforto” aonde temos a impressão de viver de uma forma mais segura, evitando correr os riscos e fazer os sacrifícios de quem está em busca de vôos mais altos.
Quando se conquista o objetivo inicialmente traçado a “zona de conforto” é um lugar que surge, em princípio, como um merecido descanso e comemoração pelo trabalho necessário para alcançar o sucesso. Nesse momento essa “zona de conforto” até não é algo que seja negativo. O problema surge quando desse momento de conforto se passa para um período de acomodação. Isso, aliás, é algo muito fácil de acontecer, pois a gente se acostuma muito facilmente com os “louros” da vitória. E muito provavelmente, ao termos alcançado um determinada posição, não teremos novamente no futuro a mesma ousadia que nos levou até ela. Isso porque quando não temos nada, podemos arriscar perder tudo para chegar aonde queremos. Mas quando já conquistamos alguns objetivos, sempre temos a preocupação de não arriscar perder o que já temos. É natural e positiva essa atitude, aliás, como princípio de equilíbrio. Mas também nos leva à acomodação, a nos mantermos na “zona de conforto” e, como conseqüência, perdermos motivação ao longo do tempo.
Já quando não se consquista o objetivo inicialmente traçado a “zona de conforto” surge, em regra, como um porto seguro contra novas frustrações e contra o risco de novos insucessos. A pessoa acaba aceitando a derrota inicial, encontra justificativas para ela, enfim, consegue de alguma forma viver com a situação. Mas não deixa de conviver com uma certa frustação e o medo de arriscar novamente em busca de objetivos maiores. Como decorrência a falta de motivação é algo que não demora a surgir, preferindo-se viver de uma forma mais segura e sem grandes sonhos.
Pois bem, mas como mudar esse processo quase “natural” da vida? Com certeza não há uma fórmula mágica. A solução, a meu ver, é perceber que essa tendência existe e ficar atento a ela. Ou seja, ao tomarmos consciência de que temos a tendência de nos acomodarmos isso gera a possibilidade de prestarmos atenção ao que estamos fazendo com nossas vidas. Com isso termos a chance de evitar a acomodação, de saber que, no sucesso, temos de aproveitár seus frutos até um certo ponto e depois buscar vôos ainda mais altos. Nas situações de derrota saberemos que não devemos nos acomodar diante dela, sendo necessário arriscar novamente, traçar outras estratégias, acreditar que é possível e lutar sempre por aquilo que nos é importante.
Nesse contexto, penso que é necessário, para manter a motivação ao longo do tempo, fazer constantemente o exercício de perguntar a si mesmo: nos dias de hoje o que me motiva, o que é realmente importante para mim? Saber o que lhe importa é fundamental para manter uma motivação de longo prazo. O passo seguinte é fazer escolhas de acordo com aquilo que lhe importa. E a razão para fazer o exercício com certa frequência é que ao longo da vida aquilo que nos motiva vai mudando. A partir disso mudam escolhas, mudam possibilidades. O essencial, em qualquer momento, é sempre investir naquilo que nos motiva. E cuidar com a acomodação.
Para finalizar essa postagem penso que o exemplo do casamento é muito interessante para ilustrar tudo o que disse até aqui. É um bom exemplo porque além de envolver razão, lida com a emoção, com o sentimento. Certamente não há ninguém mais motivado para agradar a pessoa amada que o ser humano apaixonado. Amor correspondido, um casal se forma. O tempo passa e leva ao casamento, filhos e nos contos de fada ao “felizes para sempre”. Na vida real, entretanto, o amor é apenas “infinito enquanto dure”, como dizia Vinicius de Moraes. Existem milhares de razões para o fim de um relacionamento que se iniciou com uma paixão e gerou um amor verdadeiro. Mas na essência de qualquer fim de relacionamento penso que está sempre, em algum ponto, a acomodação natural do ser humano, que gera “zona de conforto”, perda de motivação e por último falta de ação para cuidar de preservar o amor. É a rotina que mata o relacionamento, já dizem os psicólogos especialista. Na verdade a rotina, ou seja, acomodação, mata a motivação. E a falta de motivação é que faz com que se deixe de agir para investir naquilo que nos é importante.
Portanto, seja no trabalho, na vida pessoal, no amor, na espiritualidade, na família, com os filhos ou com os amigos, tenha sempre presente aquilo que realmente lhe importa. A partir disso invista em ações para realizar seus motivos.
Um grande abraço,
Emmerson Gazda
Hoje acordei inspirado a escrever algumas postagens aqui para o blog. E logo de início faço um convite para refletirmos sobre aquilo que move cada um, os motivos de cada um. É daí que vem a palavra motivação, que significa, como a própria palavra diz, aquilo que nos motiva a agir.
Esse é um assunto bastante em voga nos dia de hoje. Fala-se muito na necessidade de motivar os jogadores em um jogo decisivo ou na importância de, no trabalho, manter a equipe motivada, por exemplo. Existem livros sobre o assunto, palestras que voltam e meia nos convidam para assistir, filmes que inspiram motivação.
O que me chama a atenção, entretanto, é que mesmo com essa verdadeira “indústria” da motivação que existe ao nosso redor, percebo que há um grande número de pessoas desmotivadas. Desmotivadas para o trabalho, para a família, para o companheiro(a), para os filhos, para o lazer, para as amizades, para a espiritualidade, para a vida. Em todas essas áreas, o que é um caso mais grave, ou em algumas delas apenas, o que é mais comum.
As questões aqui são: por quê isso acontece? O que se pode fazer para sair da teoria da “indústria” da motivação e conseguir de fato encontrar uma motivação duradoura?
A principal razão de perdermos a motivação na minha visão é algo bastante simples, ainda que as situações em que ela surge possam ser complexas. Trata-se de um processo natural da vida, inerente ao ser humano, que tem a tendência a se acomodar ao longo do tempo. Quer dizer, em determinados momentos da vida traçamos planos, fixamos objetivos e vamos atrás da realização de nossos projetos. Nesses momentos estamos plenamente motivados e nada nos impede de ir atrás do que queremos. Com o passar do tempo, contudo, o ímpeto inicial vai se perdendo e como regra nossa motivação diminuindo. E aí, conquistando ou não o objetivo, temos a tendência de acomodação, a tendência de procurar uma “zona de conforto” aonde temos a impressão de viver de uma forma mais segura, evitando correr os riscos e fazer os sacrifícios de quem está em busca de vôos mais altos.
Quando se conquista o objetivo inicialmente traçado a “zona de conforto” é um lugar que surge, em princípio, como um merecido descanso e comemoração pelo trabalho necessário para alcançar o sucesso. Nesse momento essa “zona de conforto” até não é algo que seja negativo. O problema surge quando desse momento de conforto se passa para um período de acomodação. Isso, aliás, é algo muito fácil de acontecer, pois a gente se acostuma muito facilmente com os “louros” da vitória. E muito provavelmente, ao termos alcançado um determinada posição, não teremos novamente no futuro a mesma ousadia que nos levou até ela. Isso porque quando não temos nada, podemos arriscar perder tudo para chegar aonde queremos. Mas quando já conquistamos alguns objetivos, sempre temos a preocupação de não arriscar perder o que já temos. É natural e positiva essa atitude, aliás, como princípio de equilíbrio. Mas também nos leva à acomodação, a nos mantermos na “zona de conforto” e, como conseqüência, perdermos motivação ao longo do tempo.
Já quando não se consquista o objetivo inicialmente traçado a “zona de conforto” surge, em regra, como um porto seguro contra novas frustrações e contra o risco de novos insucessos. A pessoa acaba aceitando a derrota inicial, encontra justificativas para ela, enfim, consegue de alguma forma viver com a situação. Mas não deixa de conviver com uma certa frustação e o medo de arriscar novamente em busca de objetivos maiores. Como decorrência a falta de motivação é algo que não demora a surgir, preferindo-se viver de uma forma mais segura e sem grandes sonhos.
Pois bem, mas como mudar esse processo quase “natural” da vida? Com certeza não há uma fórmula mágica. A solução, a meu ver, é perceber que essa tendência existe e ficar atento a ela. Ou seja, ao tomarmos consciência de que temos a tendência de nos acomodarmos isso gera a possibilidade de prestarmos atenção ao que estamos fazendo com nossas vidas. Com isso termos a chance de evitar a acomodação, de saber que, no sucesso, temos de aproveitár seus frutos até um certo ponto e depois buscar vôos ainda mais altos. Nas situações de derrota saberemos que não devemos nos acomodar diante dela, sendo necessário arriscar novamente, traçar outras estratégias, acreditar que é possível e lutar sempre por aquilo que nos é importante.
Nesse contexto, penso que é necessário, para manter a motivação ao longo do tempo, fazer constantemente o exercício de perguntar a si mesmo: nos dias de hoje o que me motiva, o que é realmente importante para mim? Saber o que lhe importa é fundamental para manter uma motivação de longo prazo. O passo seguinte é fazer escolhas de acordo com aquilo que lhe importa. E a razão para fazer o exercício com certa frequência é que ao longo da vida aquilo que nos motiva vai mudando. A partir disso mudam escolhas, mudam possibilidades. O essencial, em qualquer momento, é sempre investir naquilo que nos motiva. E cuidar com a acomodação.
Para finalizar essa postagem penso que o exemplo do casamento é muito interessante para ilustrar tudo o que disse até aqui. É um bom exemplo porque além de envolver razão, lida com a emoção, com o sentimento. Certamente não há ninguém mais motivado para agradar a pessoa amada que o ser humano apaixonado. Amor correspondido, um casal se forma. O tempo passa e leva ao casamento, filhos e nos contos de fada ao “felizes para sempre”. Na vida real, entretanto, o amor é apenas “infinito enquanto dure”, como dizia Vinicius de Moraes. Existem milhares de razões para o fim de um relacionamento que se iniciou com uma paixão e gerou um amor verdadeiro. Mas na essência de qualquer fim de relacionamento penso que está sempre, em algum ponto, a acomodação natural do ser humano, que gera “zona de conforto”, perda de motivação e por último falta de ação para cuidar de preservar o amor. É a rotina que mata o relacionamento, já dizem os psicólogos especialista. Na verdade a rotina, ou seja, acomodação, mata a motivação. E a falta de motivação é que faz com que se deixe de agir para investir naquilo que nos é importante.
Portanto, seja no trabalho, na vida pessoal, no amor, na espiritualidade, na família, com os filhos ou com os amigos, tenha sempre presente aquilo que realmente lhe importa. A partir disso invista em ações para realizar seus motivos.
Um grande abraço,
Emmerson Gazda
Excelente!!!
ResponderExcluirAbs,
Márcio
Muito bom! Proveitoso!
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