O blog "A arte da Excelência" foi criado para dar continuidade às ideias do e-book de mesmo nome publicado em 18/05/2011. O download gratuito do livro "A arte da Excelência" e outros conteúdos de destaque permanente estão logo abaixo, no lado direito da página. Para ser informado das novas postagens do blog cadastre seu e-mail ou curta nossa página no Facebook. Para entrar em contato conosco escreva para artedaexcelencia@gmail.com. Um grande abraço e viva com Excelência!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Como saber o que é verdade em um mundo de tantas informações?

 Meus caros:
 
   Esse assunto não é simples porque alguém já pode começar perguntando: mas afinal, o que é a verdade? E daí derivam outras questões, como se existe uma verdade absoluta, várias verdades ou mesmo apenas narrativas da verdade? Calma, não abandone a postagem nesse ponto achando que iremos por esse caminho. Claro que essas questões são relevantes, mas o objetivo da nossa conversa de hoje é outro. Quero apenas pensar junto contigo uma estratégia que nos permita reunir informações de qualidade, com uma ideia razoável sobre os fatos, para ajudar na tomada de decisão.

    Já falei algumas coisas sobre o assunto quando escrevi no passado aqui no blog uma postagem sobre como formar um espírito crítico (clique aqui para ler). Naquela ocasião destaquei a importância de sempre questionar as fontes das informações e os interesses dos envolvidos no relato dos fatos, tanto do ponto de vista financeiro, quanto de ideologias, culturas, valores, posição social, entre outros, que influenciam o que cada um pensa sobre um determinado assunto, mesmo quando agindo de boa-fé (não exclua do espírito crítico a possibilidade de uma atuação de má-fé). Isso continua sendo muito importante.

    O problema é que, com a complexidade atual do mundo, a sensação é de que ficou praticamente impossível saber quais fontes são confiáveis e quais são os reais interesses envolvidos. Há muito marketing, dissimulação e os interesses financeiros são difusos. Por exemplo, nunca houve tanta oferta de conteúdo gratuito na internet nos ajudando a resolver nossos problemas, ofertas de investimento com taxas zeradas para intermediações e outras facilidades sem custo imediato nenhum. Inclusive esse blog e todo o seu conteúdo entra nesse exemplo. E seria correto você se perguntar por quê que escrevo esse blog gratuitamente e quais as crenças que me influenciam (especialmente no caso de concluir que dá para acreditar que meu objetivo é apenas ter um lugar para compartilhar ideias). Agora, fazendo um giro de 180 graus e mudando o foco para um assunto do momento e de interesse geral, a pandemia da COVID19, o que vemos? Diversas teorias acerca do que está acontecendo no presente e de como será o futuro. Tem conteúdo disponível para todos os gostos e desgostos. Ao ponto da coisa ser tão complexa que a gente chega a pensar que ninguém sabe realmente o que está acontecendo e o que vai acontecer. É um boa possibilidade, aliás.

    Em cenários complexos como o que vivemos a questão é: como podemos encontrar uma verdade razoável? Parece-me que o caminho inevitável é ir mais longe na pesquisa das fontes, cruzando dados, buscando informações de outras partes do mundo sempre que possível e fazendo reflexões pessoais para chegar a alguma conclusão um pouco menos nebulosa. Em questões mais simples e de menor relevância é suficiente ler uma reportagem em um local confiável para se informar sobre um assunto e tirar suas conclusões. Contudo, quando precisamos ter confiança na informação e estamos em um cenário no qual fica duvidoso se as pessoas estão falando algo que é correto, passa a ser fundamental buscar as informações de forma mais profunda. Por exemplo, se uma reportagem fala sobre dados a partir de uma pesquisa feita por determinado instituto e isso é relevante para você, o ideal é ir atrás da pesquisa e estudá-la diretamente e não pelos olhos de quem escreveu a reportagem (que muitas vezes também não leu a pesquisa e está escrevendo com base em uma outra reportagem, ou seja, é a testemunha da testemunha). Só assim você compreenderá a pesquisa, seu real contexto e abrangência, ao ponto até de poder questionar se os pressupostos do pesquisador e suas conclusões estão corretas. Demanda bem mais de trabalho, mas só assim você tem a possibilidade de realmente entender a situação e não apenas estar "comendo na mão" de uma interpretação de terceiro. Não significa que você tomará a decisão certa. Mas estará em melhores condições de escolher seu próprio destino, se quiser.

    Um abraço,

    Emmerson Gazda
    artedaexcelencia.blogspot.com

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Como recuperar a motivação perdida?

 Meus caros:

   Recuperar a motivação é algo que depende de autoconhecimento. Isso não tenho dúvidas. Como falei na postagem anterior, sobre como manter a motivação em tempos de homeoficce, o elemento essencial que nos motiva é o atendimento de nossas necessidades e aspirações pessoais. O que é diferente para cada um. Então é básico para recuperar a motivação que cada um descubra o que gosta e o que não gosta, que perceba quais são os seus sonhos e desejos, enfim, aquilo pelo que vale a pena lutar. E isso não se limita a coisas materiais e profissionais. Pelo contrário, as coisas imateriais e as realizações pessoais são forças muito importantes para uma motivação duradoura e recompensadora no longo prazo. Porque no fim da vida o que importa mesmo são os laços afetivos que criamos e vivemos, os relacionamentos. Basta ver que ninguém no leito de morte pede como último desejo para dar uma volta no seu carro de luxo. O que querem é dar um último abraço no filho, pedir perdão para um irmão ou simplesmente estar com as pessoas que amam.

   A partir do ponto em que descobrimos o que nos faz bem, quais as necessidades que são realmente importantes serem atendidas, é muito simples. Vejam, falei simples, não fácil. São palavras diferentes. Mas o princípio a ser aplicado é simples. Inclua essas coisas na sua vida. Comece a dizer mais sim para aquilo que lhe faz bem e não tenha vergonha ou medo de dizer não para aquilo que não agrega valor a sua vida. Claro, há coisas que você não pode dizer não. Mas certamente a maioria você pode e deve. Já para aquelas que você não pode dizer não a estratégia é procurar formas de começar a gostar delas ou pelo menos começar a gostar de algumas partes delas.

   A partir dessas simples ações você entrará em um círculo virtuoso de motivação, ao buscar a cada dia conhecer melhor a si mesmo, identificar o que lhe motiva, incluir isso cada vez mais na sua vida e deixar de lado, sem constrangimento, o que não é importante. E assim irá recuperando e mantendo sua motivação. Nesse processo todo é fundamental, ainda, o gerenciamento do estresse. Biologicamente o corpo humano funciona a partir de regulações hormonais que nos impulsionam a agir ou a ficar mais tranquilos. O estresse é elemento determinante para aumentar níveis hormonais que conduzem à ação imediata, como o cortisol e adrenalina. De forma que o estresse não é em si algo ruim, posto que nos impulsiona a agir. Contudo não somos projetados para ter esses hormônios em altas doses durante todo o tempo, sob pena de adoecimento no longo prazo. Assim é preciso gerenciar os níveis de estresse, com alternância entre períodos de maior intensidade e períodos mais tranquilos. Portanto, estar atento à correta nutrição do corpo e dosar tempo de maior carga de estresse com tempos mais leves é algo muito bom para a motivação. Isso nos leva a um equilíbrio no funcionamento fisiológico do corpo. E no fim a motivação sempre deságua no biológico, enquanto vitalidade para irmos atrás de nossos objetivos.

   Quero finalizar fazendo uma observação importante: existem situações que vão além da simples perda da motivação. Nessas situações pode ser necessário buscar ajuda especializada para que se possa recomeçar a caminhada da motivação. Em casos de desespero tenha calma. A vida gira e soluções aparecem. Os centros de valorização à vida estão disponíveis 24 horas por dia em www.cvv.org.br e podem lhe apontar um caminho. Enfim, pode ser difícil, mas é preciso dar o primeiro passo. Muitas vezes a gente vive preso ao passado e por isso não consegue seguir adiante. Fica buscando nossas motivações de sempre. Contudo perceba que o mundo muda e você muda. Então a motivação também tem que acompanhar essas mudanças. Revise seus objetivos de curto, médio e longo prazo e busque o que realmente é importante para você para seguir adiante. A motivação adequada torna o impossível possível. A ausência de motivação faz com que o possível seja impossível.

   Um abraço,

   Emmerson Gazda
   artedaexcelencia.blogspot.com

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Como manter a motivação no homeoffice?

 Meus caros:

   Na minha visão, para manter a motivação no homeoffice há dois pontos chave: organização e rotina. Parece estranho falar que motivação tem a ver com organização e rotina, mas a partir da clássica pirâmide das necessidades humanas de Abraham Maslow percebemos que a motivação surge a partir das ações necessárias ao atendimento de nossas necessidades pessoais. Essas necessidade começam em um nível básico de necessidades fisiológicas, passam para segundo nível de segurança, depois necessidades de amor e relacionamentos, um quarto nível de estima pessoal e social, até chegar ao patamar mais elevado das realizações pessoais. Não necessariamente há uma escalada na pirâmide até o seu topo. Podemos inclusive estar em vários pontos dos diversos níveis ao mesmo tempo. Mas o que é importante observar é que a nossa motivação surge do desejo e possibilidade de realizar nossas necessidades, desde as mais simples, até as mais complexas.

   As necessidades são diferentes para cada um, de modo que é impossível termos solução igual para todos em termos do que motiva. Mas há um ponto em comum: atender nossas necessidades demanda disponibilidade de tempo. É justamente aí que entra organização e rotina. Organização para que você perceba o que é importante em sua vida e coloque isso na sua agenda de uma forma equilibrada, junto com todas as outras coisas que faz. Rotina para que exista uma previsibilidade em como as coisas irão acontecer, de modo que seu cérebro mantenha a tranquilidade sabendo que existirá tempo para as coisas mais divertidas, mesmo quando esteja cumprindo as obrigações mais sem graça. 
 
   Perceba que quando estamos no trabalho presencial, organização e rotina são em grande medida definidas pelo local de trabalho. Há horários a cumprir e o que deve ser feito a cada dia se ajusta a esse horário. Já no homeoffice o que existe é um trabalho a ser entregue. Como vai ser entregue fica sob a responsabilidade de cada um. Então criar uma rotina pessoal e organizar as coisas é fundamental para garantir que na nossa agenda esteja incluído aquilo que nos motiva, as nossas necessidades mais importantes. Não só no plano profissional, mas também no plano pessoal.

   Agora preste atenção no seguinte: uma das maiores vantagens do homeoffice é a flexibilidade de horários. Então maximize isso como elemento de motivação, prevendo na sua agenda o que chamo de "janelas de flexibilidade". Funciona assim: você cria uma rotina base na qual cada coisa tem, em regra, sua hora para acontecer, conforme sua melhor preferência pessoal. Contudo estabeleça como possível que ocasionalmente sejam feitas trocas de horários, especialmente para o caso de surgir algo interessante para fazer na hora em que deveria estar na rotina. Você pode fazer esses ajustes no mesmo dia ou durante um período que não recomendo seja maior que uma semana, para não correr o risco de ter uma desorganização generalizada de longo prazo em sua rotina, o que acaba não sendo bom para a motivação. O que eu gosto de fazer, aliás, sempre que possível, é cumprir as atividades que são minha obrigação antes do que seria necessário. Isso garante tempo disponível para atividades prazerosas de última hora com mais tranquilidade. Além do efeito colateral desejado de viver menos estressado pela pressão do tempo. Considerando que grande parte da graça da vida está nas coisas que fazemos fora da rotina, ter espaço para isso na agenda é altamente motivante.

   Um abraço,

   Emmerson Gazda
   artedaexcelencia.blogspot.com

terça-feira, 15 de setembro de 2020

O que você vai fazer quando a pandemia acabar?

 Meus caros:

   A pandemia da COVID19 alterou significativamente a vida pessoal e profissional de todos nós. E ainda não sabemos de fato quando e como tudo isso irá acabar. Muitas dúvidas existem sobre como será a realidade futura, como será a recuperação econômica, que desafios iremos enfrentar. Isso sem contar a necessidade de enfrentar os problemas e dificuldades atuais que se apresentam a todos, em diferentes perspectivas físicas e emocionais.

   Isso me faz pensar em algo importante a ser considerado no momento atual: o que vou fazer quando a pandemia acabar? Ainda que seja um evento futuro, essa questão é fundamental no momento presente porque, tirando o fato de que todos nós certamente em um momento inicial vamos extravasar de alguma maneira para recuperar o "tempo perdido", depois desse curto período de euforia virá a realidade a ser enfrentada. O novo normal, com novas e também as mesmas dificuldades de sempre. E aí ter planos traçados e estar preparado para botar esses planos em ação é algo que irá ajudar.

   Perceber que a vida está seguindo e, nesse momento de pandemia, pensar no que pretendemos fazer depois é algo importante. Para algumas coisas realmente tudo que podemos fazer agora se limita a pensar e planejar. Mas outras já podem ser executadas de imediato. Por exemplo, se nesse período de pandemia você resolveu que quer novas possibilidades profissionais, talvez mudando de área ou mesmo fazendo um concurso para uma carreira pública, a hora é de começar a estudar, para quando os concursos voltarem estar preparado. Também se pensa em abrir um negócio ou precisa alterar os rumos da sua empresa, a hora de analisar as possibilidades e definir estratégias é agora, ainda que vá esperar a pandemia passar para botar os planos em ação. 

   Enfim, muitos falam que esse ano de 2020 está sendo perdido. De fato, se você está parado só porque estamos mais isolados o ano está sendo perdido. Mas eu vejo pessoas tendo ganhos significativos em 2020. Talvez não financeiros (pelo menos não financeiros imediatos). Nesse ponto quase todos nós tivemos perdas. Mas ganhos afetivos (sim, nem todos os casais estão se separando na pandemia!), ganhos no conhecimento de novas tecnologias, ganhos em reflexões sobre a própria existência que podem fazer a vida muito mais simples e feliz logo adiante (ou hoje mesmo!), ganhos em aceitar que no fim não temos controle sobre nada e o que importa mesmo é manter a tranquilidade e aprender a "dançar conforme a música". Essas pessoas já estão planejando como será seu novo normal quando a pandemia acabar. E você? 

   Um grande abraço.

   Emmerson Gazda

   www.artedaexcelencia.blogspot.com