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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Precisão ou inovação: qual o melhor caminho?

 Prezado(a),

   Entre as tantas coisas que se recebe pela internet chamou minha atenção um vídeo em que dois veículos se chocam em um cruzamento, passando justo em frente a um pedreste, levando tudo o que se encontrava na calçada. Por uma perfeição de posicionamento o pedestre sai ileso. As cenas me fizeram rercordar as aventuras do agente secreto no filme que assisti no final de semana. Em especial o momento no qual o protagonista escapa de uma queda com mais de cem andares, quando seu fiel companheiro o segura pela barra da calça. Sejam reais ou fictícias, aceitáveis ou forçadas, situações como estas fazem parte de muitos momentos que presenciamos na atualidade. São frações de segundos, espaços milimétricos, pequenas diferenças que decidem muita coisa.

   No final de semana meu filho Gabriel, agora com 8 anos, encantou-se com uma balança digital com a qual se deparou no mercadinho. Queria pesar tudo com a precisão digital do instrumento. Observava o peso dos produtos impressos nos pacotes e queria conferir. Em casa, ajudou a confeccionar a torta. Encarregado de mensurar os ingredientes, zelou cuidadosamente para que nada fosse colocado com nem um grama a mais ou a menos. Precisão absoluta. Comprovamos que a receita estava certíssima, pois a torta ficou uma delicia.

   Perceba que nos jogos eletrônicos a precisão também é cobrada dos praticantes. Precisam executar manobras perfeitas e sincronizadas para cumprir com os objetivos e passar para os próximos níveis. E muita coisa nos jogos acontece ao mesmo tempo. Lembro-me de ter aprendido que este contato com os jogos digitais dinâmicos amplia a percepção das crianças. Com isto elas conseguem desenvolver a capacidade de absorver um números maior de eventos ao mesmo tempo.

   A produção de um bom espetáculo passa por exaustivos treinamentos e ensaios até que se consiga alcançar perfeição absoluta de sincronismo. Quanto mais perfeito o sincronismo, mais bonito fica o resultado. Associado à complexidade de eventos simultâneos. E nos esportes, a precisão também é crítica para o resultado final. Acertar uma bola de basquete em uma cestinha a uma longa distância. Ou impedir que a bola de volei toque o solo. Pilotos aplicam-se ao extremo no domínio de carros e motos. E assim por diante.

   Ou seja, tanto em nosso mundo físico, quanto nos ambientes virtuais, somos exigidos a sermos precisos. Para você se destacar é necessário muita precisão. A competição é acirrada e você tem que treinar ou estudar muito para ser rápido e certeiro nas respostas. O período de preparação é longo e o de execução curto. Você tem uma janela de tempo pequena (não necessariamente frações de segudos) para mostrar que está bem preparado. É a sua oportunidade e quando aparece precisa estar bem preparado para agir de forma precisa. As provas para concursos exigem respostas rápidas. As entrevistas e dinâmicas para seleções em organizações privadas exigem repostas rápidas. O profissional é exigido dia após dia para fornecer respostas rápidas e certeiras.

   As janelas de tempo podem ser estreitas ou até um pouco maior. Mas, todas elas passam. As oportunidades se abrem e fecham. Para você conseguir aproveitá-las, é necessário que estejam preparado para atuar no momento certo. Com precisão. No momento certo.

   Contudo existe uma outra alternativa, que é criar oportunidades. Nem todo mundo que se destaca age de forma precisa. Há situações em que ainda não somos suficientemente desenvolvidos para sermos precisos. Me refiro aos momento em que fugimos da rotina estabelecida e encontramos uma forma de melhorar a receita. Quando inovamos com sucesso. Nestes casos, costumam pairar muitas dúvidas sobre o possível resultado da ação. Porque o mundo das ideias não é tão preciso quanto o da física.

   Não foram uma nem duas as tentativas até que se inventasse o adesivo amarelo chamado "postit" (um dos sucessos da 3M que algumas pessoas usam até como lembrete colado na tela do computador). Amigos de trabalho, chefe e diz-se que até o presidente da empresa chegaram a instigar que era melhor esquecer, pois não daria certo. E olhe que estamos falando de uma organização muito inovadora.  Uma das empresas que mais cresceu em valor nos últimos tempos, o Facebook, também era uma grande incógnita no começo. Muitos não acreditavam que poderia ser algo lucrativo. 

   Esses exemplos nos ensinam que a inovação não é precisa. O sucesso de uma inovação depende do consumidor identificar um valor no que está sendo oferecido. E por ser algo novo, diferente, ainda temos dificuldades em avaliar qual o impacto que causará. Existem muitas ferramentas para se diminuir os riscos: estatísticas, testes de mercado, inovação aberta, construção com o mercado e assim por diante. Consegue-se assim aumentar as chances de sucesso. Mas o resultado sempre será uma novidade. Seja ele uma surpresa desagradável ou algo muito gratificante.

   Portanto vocês tem duas opções para o sucesso. Pode treinar, estudar e praticar para ser muito preciso em algo que já existe. Ou aprender a lidar com o ambiente impreciso da inovação. E se conseguir desenvolver ambas as habilidades não tenho dúvidas que estará entre os melhores em qualquer área que atue.

Abraços,

Emmanuel Gazda

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