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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Melhorando a "Qualidade de Vida"!

Prezado(a),
 
   Ouvi hoje na CBN o resultado de uma pesquisa sobre a obesidade no país. Uma porcentagem assustadora de mulheres gostaria de emagrecer. O que mais impressiona é que destas, metade não faz absolumente nada para emagrecer. Certamente todas sabem as duas regras básicas: fechar a boca e fazer exercícios. Colocar em prática é que dói. E por isso a vontade acaba ficando só na teoria. Dizia a reportagem que um dos problemas é que no Brasil a realização de exercícios físicos sempre esteve associado ao sofrimento e não ao prazer. Justificativas específicas à parte, a questão é que se encontram muito facilmente motivos para não se colocar em prática os conhecimentos que temos quando estes exigem de nós alguma mudança. Assim também acontece com as sugestões para a melhoria da qualidade de vida.
 
   Pois bem, já vimos na minha postagem anterior ("Aumentando a Resiliência") que se alimentar adequadamente e praticar exercícios estão na lista de como melhorar a qualidade de vida. Portanto o que é preciso agora é quebrar a inércia e colocar em prática esse conhecimento. Em especial os latinos gostam de considerar o conhecimento como algo teórico, adquirido que se arquiva em algum lugar no cérebro. Contudo, existe uma óbvia distinção entre o saber e o fazer. Entre o teórico e o prático. Por isso existem fortes correntes da gestão do conhecimento que nem de longe consideram aquilo que não gera ação como conhecimento. É certo que saber das coisas é importante. Mas se este saber não for sólido o suficiente para promover a aplicação na verdade é algo inócuo e por isso não merece ser chamado de conhecimento. Um livro, por exemplo, é cheio de informações. Elas só se tornam conhecimento quando absorvidas e aplicadas em situaões adequadas.
 
   Portanto, independentemente se você já se alimenta bem, pratica exercícios, ri, respira e dorme bem ou não, você pode estar interessado em saber o que mais melhora a qualidade de vida e ajuda a aumentar a resiliência, conforme já começamos a conversar na postagem "Aumentando a Resiliência". Vou continuar a listar mais algumas atitudes. Colocar em prática, ou seja, transformar informação em conhecimento, é contigo.
 
   O lazer é algo bastante revigorante. Como tudo na vida, é preciso e precioso, na medida certa. O que quero dizer é que não se pode viver só de lazer. E também não se pode viver só de trabalho. Quem vive só de trabalho e dele se alimenta são os conhecidos “workaholic” (viciados em trabalho). Os quais, muitas vezes, se envolvem tanto com os afazeres do trabalho que nem percebem a carga elevada. Em geral, somente com o tempo é que sentem os efeitos da ausência do lazer.
 
   Muito próximo do lazer existe uma categoria especial de atividades que costumam ser tratadas à parte: o hobby. Trata-se de algo que você gosta de fazer e se interessa. Tal como aeromodelismo, coleção de selos, motociclismo, degustação de vinhos, automobilismo, aviação, mergulho, vôo livre, caminhada, escalada, bordado, pintura, etc. Alguns são mais saudáveis do que outros. Alguns mais arriscados e outros totalmente seguros. Descubra do que você gosta e reserve um tempo para isto. Participe de grupos de pessoas com o mesmo gosto e aprenda sempre coisas novas dentro do seu hobby. Afinal, o hobby é um cultivo e não só algo que você faz sempre igual. Quem gosta de esquiar,  reune-se com outros esquiadores para conhecer novas pistas, faz cursos para aprender novas manobras e assim por diante. Dificilmente você encontrará alguém que tem o esqui como robby se contentando com descer uma montanha em um trenó, como eu. Foi o suficiente para mim.
 
   A espiritualidade também nos ajuda a equilibrar as pancadas que recebemos no dia a dia. Independente de sua crença ou religião, a participação ativa em sua comunidade e ritos religiosos contribuem de forma significativa. E dentro das ações religiosas é muito comum aparecerem oportunidades de trabalho voluntário. A participação em um trabalho voluntário é outra dica para melhorar a qualidade de vida e aumentar a resistência aos intempéries. Não precisa ser algo ligado a alguma religião. O simples fato de participar de algo que contribua para melhorar a sociedade, ou os menos favorecidos na sociedade, sem receber nada em troca, é muito gratificante.
 
   Uma outra seara extensa é a meditação. Complementada pela reflexão. Um exercício de respiração e concentração é um bom começo para a meditação. Embora simples, apresentam-se como difícieis nas fases iniciais. Com o tempo vão ficando mais fáceis e se consegue progredir para exercícios mais complexos. Caso sinta a necessidade de se acalmar e seguir pela meditação, recomendo participar de algum grupo e contar com a correta orientação.
 
   Por fim, a última dica é: desabafe. O simples fato de você falar a alguém de confiança sobre seus anseios, ouvir seus conselhos, já alivia muito a tensão. Não esqueça de também ouvir os problemas dos outros com atenção. Chore se for necessário. Grite! Existem formas socialmente aceitas de se livrar das amarguras que nos prejudicam. Quero dizer, você não vai gritar com o vizinho que está lhe perturbando com barulho durante à noite. Aqui, o gritar refere-se a exercícios de desabafo. Gritando de forma organizada para não prejudicar ninguém (por exemplo utilizando o travesseiro como "abafador" do som). Você também pode descarregar a energia negativa brincando ou cantando. Seja alegre.
 
Abraços,
 
Emmanuel Gazda

4 comentários:

  1. Conheço um homem que pendurou um saco de pancadas no fundo do quintal de casa para a esposa poder desabafar! Deu muito certo, eles estão numa felicidade só!
    Eu ainda não consegui instalar um... rs!

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  2. Márcio, essa é uma boa ideia. Agora compreendi porque um amigo me disse que está fazendo muito bem para a esposa dele as aulas de chutebox nas quais ela se matriculou! Pensei que era bom só para o corpo, mas parece que é bom também para a mente, hehehe. Abraço, Emmerson.

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  3. Olá, sou portador de uma grande doença, tenho múltiplas deformidade e vou entrar no 3° ano do ensino médio em 2013. Sou cadeirante, e o meu desejo, é cursar na faculdade direito, mas as vezes acho que num vou aguentar por que sou cheio de dores e grande parte da minha vida estou em médicos. O meu sonho é ser juiz, então eu gostaria de saber, que no meu caso existe alguma prova ou algo parecido onde eu não exerça como advogado e ser juiz de imediato? Apos o termino da faculdade.

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    1. Avril, o curso de Direito é uma excelente opção para portadores de necessidades especiais que gostam de ler e estudar. Isso porque os concursos públicos por lei devem reservar 10% das vagas para portadores de necessidades especiais. E os melhores concursos são da área jurídica. Isso não é propriamente uma vantagem, ou seja, não quer dizer que será mais fácil passar (até porque tem que atingir a nota mínima exigida no concurso). É, na verdade, uma forma de dar uma condição de igualdade entre os candidatos. Porque como você mesmo disse, muito de seu tempo é utilizado em médicos e tratamentos. E até fazer a faculdade será um grande desafio. Então não seria justo concorrer livremente com quem teve menos dificuldades físicas e de tempo para se preparar para as provas.
      Quanto ao concurso de Juiz, ele exige hoje 3 anos de experiência jurídica como requisito. Mas não precisa ser como advogado. Pode ser em qualquer cargo privativo de bacharel em Direito. Então você pode fazer um concurso para Servidor da Justiça nível superior, Advogado da União, Procurador de Município, etc (concorrendo nos 10% de que falei), e nesse cargo cumprir os 3 anos de requisito. Daí estará apto para o concurso de Juiz.
      Observo que o concurso de Juiz também tem a reserva de vagas para portadores de necessidades especiais. Mas em geral sobram vagas. A dificuldade é atingir a nota mínima para aprovação. Então você precisará de grande dedicação para atingir esse objetivo maior da Magistratura. De qualquer modo as outras opções de concurso que o Direito lhe abre já permitem um primeiro grande passo. Com isso terá tempo de ir atrás da Magistratura.
      Um abraço, Emmerson Gazda

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