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quarta-feira, 10 de abril de 2013

A difícil arte da sustentabilidade!

 Prezado(a),
 
   Ao deparar-se com o termo “sustentabilidade”, a primeira imagem que nos vem à mente é a das questões ambientais. E não é para menos, visto que a sustentabilidade ambiental é a que mais tem sido trabalhada e divulgada. Ao ponto de, na Wikipédia, encontramos já na segunda linha os seguintes termos na definição para sustentabilidade: “Ultimamente este conceito, tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras”. Cabe, no entanto, observar que o conceito é bem mais amplo.
 
   De forma bastante simples, direta e prática, a própria Wikipédia começa definindo sustentabilidade como: “habilidade de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.”. Veja que este conceito é suficientemente amplo para ser aplicado em qualquer situação que formos analisar.
 
   Uma das áreas em que a sustentabilidade tem aplicação corrente é a empresarial. Ao procurar por sustentabilidade nas empresas você irá encontrar muita coisa verde, projetos ecológicos e tudo o que mais se possa esperar de conteúdo sobre a minimização do impacto negativo das empresas sobre os recursos natuais. E isto faz parte. Mas para uma empresa ser sustentável não basta “ser verde”. E quais seriam, então, as demais condições? Somente procurando com um pouco mais de cuidado é que nos deparamos com os outros dois pilares sem os quais as empresas não se sustentam: o social e o econômico.
 
   Bem, fico aqui pensando como é que acabamos deixando a questão social de lado? Lembro-me de já ter ouvido falar muito de “responsabilidade social”. Mas, parece que esta foi uma onda que já passou e comparado com as questões ambientais, o lado social da empresa ficou em segundo plano. No entanto, ao ser levantada a questão, é completamente normal que a aceitemos como de extrema relevância para a sociedade. Um compromisso das empresas quanto a um comportamento socialmente responsável se faz indispensável para sua continuidade. Nesse contexto é natural imaginar que uma empresa com atuação que prejudica a sociedade possa ter suas operações boicotadas pelos consumidores, entidades governamentais e não governamentais. Dessa forma, para se manter, é preciso que se esteja atento às questões sociais. Toda empresa, como uma organização, interaje com a sociedade. Ela retira das pessoas e fornece. Interaje com as pessoas e as modifica. O mesmo ocorre com respeito às demais empresas e instituições com as quais ela tem relacionamento. Sustentabilidade social significa fazer isto de forma que a satisfação das necessidades presentes não prejudique ou comprometa a satisfação das necessidades futuras de todos os entes envolvidos. 
 
   O terceiro pilar da sustentabilidade empresarial é o econômico. De forma simples e direta isto quer dizer que a empresa precisa conseguir pagar as suas contas. Caso contrário não se sustenta. E por se tratar de uma empresa, com finalidades lucrativas, precisa gerar lucro em volume suficiente para satisfazer as expectativas dos investidores. Acredito ser dispensável discorrer muito para justificar estas necessidades para a continuidade do funcionamento de uma empresa. O que mais preocupa no que diz respeito à sustentabilidade econômica é o seguinte: como conseguir isto?
 
   Pois bem, independente do pilar da sustentabilidade para o qual estivermos olhando (ambiental, social ou econômica), a forma de conseguir satisfazer as exigências dos demandantes deve ser moldada no planejamento estratégico da empresa. Na questão econômica, é preciso buscar sempre uma situação privilegiada que é a chamada “vantagem competitiva”. Isto é o que diferencia uma empresa de seus concorrentes e lhe permite obter um resultado econômico satisfatório. No entanto, manter uma “vantagem competitiva” ao longo do tempo é difícil. Quando o negócio é bom, outros procuram entrar no mercado, imitar, fazer melhor, ganhar espaço e abocanhar um pedaço dos bons resultados. É uma disputa ferrenha. Para que se obtenha bons resultados de forma contínua, portanto, é preciso mais do que uma “vantagem competitiva”, é preciso uma “vantagem competitiva sustentável”. E isto exige muita movimentação.
 
   Quero aqui abrir um parênteses para as organizações sem fins lucrativos. Elas não são empresas e, portanto, não precisam dar lucro (nem devem). Igualmente as entidades governamentais. No entanto, a questão da sustentabilidade econômica continua existindo na medida em que precisam se enquadrar em seus orçamentos. As formas de se conseguir fundos e uma adequada gestão dos recursos financeiros se fazem primordiais para uma sustentabilidade. Vejam-se os diversos exemplos de clubes sociais e esportivos que se encontram "quebrados", sendo desmantelados e chamados a responder por passivos financeiros acumulados ao longo dos anos. Salvo por este detalhe, todas as observações acima são válidas para qualquer organização em nossa sociedade.
 
   E você? Onde entra nisto tudo? Os três pilares da sustentabilidade também são válidos para você. Ao montar sua estratégia pessoal e profissional, lembre-se de avaliar se os direcionamentos escolhidos são sustentáveis sob o ponto de vista ambiental, social e econômico. Se você tiver restrições em qualquer um destes, não conseguirá implementar seu plano com perenidade.
 
Uma boa semana e abraços,
 
Emmanuel Gazda

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