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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O que é essencial em sua vida?

 Meus caros:
 
   Uma das coisas mais importantes para podermos alcançar a Excelência é sabermos o que é essencial em nossas vidas. Tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional. Em certa medida já falei sobre esse tema em postagens anteriores, mas volto ao assunto porque refletir sobre a essencialidade das coisas é algo que temos de fazer constantemente. Sempre há uma nova abordagem possível, que nos permite uma visão por outros ângulos.
 
   Pois bem, na postagem de hoje quero fazer um convite para pensarmos a questão sob dois enfoques. O primeiro, deixando de lado todas as outras pessoas e concentrando a reflexão apenas naquilo que nós mesmos vemos como essencial em nossas vidas. Esqueça que o mundo existe e pense apenas em si mesmo para fazer uma listagem do que você vê como essencial para sua realização profissional e pessoal.
 
   Por exemplo, no meu caso, pensando apenas pela minha cabeça, vejo como essencial profissionalmente dedicar-me de forma principal à gestão e análise jurisdicional dos processos sob minha atribuição como Juiz Federal do Juizado Especial Federal de Jaraguá do Sul. O essencial para mim é atender da melhor forma possível as pessoas que buscam uma solução para seus problemas jurídicos, no campo de minhas atribuições.
 
   Não quer dizer que profissionalmente meu trabalho seja só esse. Existem diversas outras demandas profissionais que me são apresentadas diariamente, tais como integrar comissões administrativas criadas pelo Tribunal, participar de cursos para aprimoramento dos conhecimentos jurídicos, escrever postagens para o blog “A arte da Excelência”, proferir palestras sobre algum tema jurídico ou de gestão, a convite de alguma entidade, entre outras. Mas a essencialidade do meu trabalho, na minha análise exclusivamente pessoal e desconsiderando o que pensam terceiros, é dedicar-me aos processos sob minha responsabilidade.
 
   Da mesma forma, no plano da realização pessoal, é possível que cada um pergunte a si mesmo, sem a interferência do pensamento dos outros, o que lhe é essencial. Não vou dar um exemplo concreto aqui porque não quero influenciar ninguém. Cada um tem a capacidade de encontrar a sua essencialidade. Podem ser decorrentes de planos materiais, planos espirituais, planos familiares, entre outros. Ou podem ser também decorrentes de alguns planos que combinados levem à realização de cada um como pessoa.
 
   Muito bem, essa percepção daquilo que entendemos como essencial em nossas vidas, a partir exclusivamente dos nossos próprios pensamentos e sentimentos, nos permite criar um bom ponto de partida para as ações no dia-a-dia. Digo ponto de partida porque no mundo real não é possível viver exclusivamente da forma como pensamos ser a que melhor realiza nossas essencialidades. Vivemos em sociedade. Somos filhos, pais, irmãos, amigos, vizinhos, profissionais, etc. Enfim, exercemos diversos papéis e a partir disso somos cobrados a algumas ações, temos de respeitar limites/deveres e também aceitar responsabilidades.
 
   É esse o segundo enfoque da reflexão sobre a essencialidade das coisas em nossas vidas que quero apresentar na postagem de hoje. Como decorrência dos papéis sociais que exercemos, há aspectos que, apesar de particularmente não considerarmos essenciais para nossa realização pessoal ou profissional, temos de incluir em nossas agendas porque outras pessoas entendem que são essenciais, importantes ou ao menos esperam de nós alguma atuação.
 
   Ou seja, o conhecimento daquilo que é essencial para nós na vida é algo que permite conduzir nossas ações no sentido de realizar aquilo que aspiramos. Essa é a base para podermos tomar decisões acertadas entre fazer ou não fazer algo. Contudo, a consideração da visão externa, do que os outros esperam de nós, também é importante elemento que contribui para o aprimoramento do que vemos como essencial em nossas vidas. Não que tenhamos sempre de fazer algo que esteja totalmente fora de nossas aspirações essenciais. Isso de fato não tem sentido. Ainda mais se for contrário às nossas convicções e valores. Mas há algumas solicitações "externas" que devemos ponderar e aceitar sua realização. Principalmente quando reflexamente beneficiam o resultado daquilo que nos é essencial.
 
   No meu trabalho, que estou usando como exemplo, seria o caso de aceitar participar de alguma comissão ou outra do Tribunal, aceitar alguns convites de palestras, participar de cursos de aperfeiçoamento, escrever postagens para o blog, entre outras atividades que a rigor não fazem parte do que vejo como essencial no campo profissional, mas que na medida certa acabam ajudando na construção de um resultado profissional positivo. A medida certa, no meu modo de ver, é a quantidade que não prejudique o resultado final daquilo que me é essencial e que, ao mesmo tempo, permita o enriquecimento do trabalho desenvolvido, agregrando valor para minha imagem e satisfação profissional.
 
   Na vida pessoal é a mesma coisa. Posso ter minhas essencialidades. Mas também há algumas (ou talvez muitas) demandas que me são apresentadas como filho, pai, amigo, irmão, marido. Nesse ponto é preciso cuidar da essencialidade pessoal. Mas também encontrar espaço para atender aquilo que os outros enxergam como essencial em mim. Na vida pessoal, mais que na profissional, temos uma rede complexa e entrelaçada de essencialidades pessoais. Interessante é que, em geral, apenas quando todas essas essencialidades são atentidas de maneira razoável encontramos um caminho para a satisfação da nossa própria essencialidade. É algo para se pensar, com toda certeza.
 
Um abraço e pratiquem a paz!
 
Emmerson Gazda

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