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domingo, 25 de janeiro de 2015

Perdi “o chão”! E agora?

 Meus caros,

   O tema da postagem de hoje é difícil de ser abordado. São muitas as situações em nossas vidas em que passamos por momentos mais delicados. Algumas delas nos fazem perder o rumo, não saber o que fazer. Enfim, ficamos “sem chão”, como diz a expressão popular.

   Os fatos da vida que nos levam a uma situação dessas são os mais variados. Alguns estão ligados a grandes objetivos que se frustram, como por exemplo reprovar em um concurso difícil, na última etapa, depois de mais de um ano de dedicação total à aprovação. Outros ligados a fatores fora de nosso controle, como deparar-se com a morte repentina de uma pessoa amada, ver o casamento tão sonhado diluir-se e enfrentar uma separação, descobrir a si mesmo ou a uma pessoa próxima diante de uma doença grave, com tratamento sofrido, complicado e de longo prazo, ou mesmo com prognóstico indefinido.

   A questão para reflexão, nesse cenário, é: o que podemos fazer quando enfrentamos uma situação dessas, diretamente ou através de alguém muito próximo? Como disse de início, a resposta para essa pergunta é bastante difícil. Na verdade não há uma resposta. Existem possibilidades, alternativas de soluções que devemos buscar. Essas possibilidades vão variar, ainda, dependendo de qual seja o problema originário.

   Por exemplo, no caso da morte inesperada de uma pessoa amada. Um fato é irreversível nessa situação, que é a morte. O período de luto e tristeza pela morte também é natural, assim como as saudades que ficarão. Mas podem existir diversos elementos que se perpetuam além do sentimento da perda. Arrependimentos por não se ter estado tanto quanto se gostaria com a pessoa, mágoas que por vezes se constroem durante a vida e que por alguma razão não foram dissolvidas. Ou mesmo o luto permanente, em que não se consegue superar a perda. 

   Usei como exemplo a morte porque de certa forma essa é uma situação bastante delicada, em razão de sua irreversibilidade do ponto de vista material. Claro que as crenças espirituais de cada um podem explicar a morte e mostrar que o fato não é tão drástico assim como parece. Mas do ponto de vista da nossa vida terrena é um fato sobre o qual nada podemos fazer. Insucessos pessoais ou profissionais, o fim de um casamento, a não aprovação em um concurso e até uma doença podem ser enfrentadas com uma perspectiva de superação da dificuldade momentânea, de forma que se dê a volta por cima e se consiga mais adiante estar em uma situação favorável. A morte não permite essa abordagem. Em relação a ela o que se pode fazer é trabalhar em sua aceitação, em superar a perda e todas as situações relacionadas. Em alguns casos a ajuda profissional pode ser importante. 

   Agora, em relação a todas as outras situações da vida, como naquelas em que não alcançamos nossos objetivos ou nas quais no vemos privados de nossa saúde, por exemplo, além da aceitação da situação, que sempre é um elemento importante, podemos atuar de forma positiva no sentido de modificar o estado atual, lutando com todas as nossas forças para alcançar nosso objetivo. Nem sempre é fácil começar tudo de novo. Quem reprova em um concurso para Juiz Federal na prova oral, por exemplo, sabe o quanto é difícil voltar à estaca zero. Da mesma forma, e certamente com muito mais dramaticidade, quem está em tratamento contra uma doença grave tem um grande impacto psicológico negativo em ver que depois de uma fase de tratamento ainda é necessário mais tratamento. 

   Para ilustrar o que estou dizendo posso referir aqui uma doença como o câncer, que nos dias de hoje já permite acreditar em tratamento com total sucesso. Mas esse tratamento vai exigir disciplina, paciência, perseverança e percepção de que em regra haverá várias etapas, as vezes durando por toda a vida, em que a doença é controlada, não eliminada. Também há situações de adoecimento muito mais simples que também exigem dedicação e esforço para a cura ou, em muitos casos, para se manter uma vida em boas condições. Quem já teve algum problema ortopédico sabe que todo tratamento começa com 10 sessões de fisioterapia. E depois vêm mais 10 e mais 10 e mais 10, a depender da recuperação. Conforme o caso mais 10 sessões por tempo indeterminado. 

   Enfim, o que quero dizer é que quando tudo dá errado em nossas vidas, seja de forma específica ou em grande escala, só nos resta uma alternativa, depois que o período de "luto" for superado: olhar para frente e seguir adiante, fazendo tudo o que estiver a nosso alcance para realizar o maior projeto de todos que é viver. Ficar olhando para trás, remoendo o passado, procurando culpados, não aceitando o que aconteceu, etc, ajuda apenas quando pensamos quais foram nossos erros para acertarmos no futuro. Definidos os erros o melhor é deixar o passado para trás e concentrar-se no presente,  que é aquilo que de fato se pode fazer ser diferente. 

   Por evidente que o presente texto não tem condições de abordar todas as facetas de um assunto tão complexo. O que se pretende dizer, contudo, é que se por algum motivo você "perdeu o chão", o que deve fazer é olhar para frente e tentar encontrar uma "luz no fim do túnel", uma luz que lhe conduza para um bom caminho. É preciso ter esperança e não se desesperar. Compartilhando ideias e experiências sobre o assunto é possível encontramos apoio para seguir adiante. É isso que devemos fazer. É isto que, no fim das contas, nos resta fazer. Seguir adiante. Foco no presente!

Um grande abraço,

Emmerson Gazda
www.artedaexcelencia.blogspot.com

Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto, achei excelente. Li atento com os olhos triste e tomados por emoção. Você abordou tudo com muita precisão. As dificjldades por que passamos, nos fazem crescer, mas quando se tem amigos ou pessoas da familia nessa luta parece que "perdemos o chão". Passei por experiência assim, foi terrível, uma doença incurável, mas com controle embora para sempre e isso abrevia o sofrimento. Com passar do tempo, arnenizamos muito o sofrimento e as dores. Precisamos realmente ter forças, lutar, buscar o impssivel para que tudo ao menos se tente voltar a calma. Como você falou, é preciso ter esperanças e não se desesperar. Nossa vida é uma eterna dificldade.Ter motivação, buscar sorrir, olhar para o céu, ter fé, fazer e crer numa luz melhor. Compartilho contigo nessa busca dessa luz. Corragem e muita força. Grande abraço. Darci

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