Prezado(a),
Em minha postagem anterior ("Guerra de limões") abordei, entre outras coisas, a resiliência. Esta capacidade importante, que nos permite suportar as adversidades da vida sem sofrer deformações permanentes, pode ser ampliada com algumas condutas pessoais. Neste caso, o bom condicionamento “físico” (ou, melhor dizendo, "psíquico") se consegue com práticas também conhecidas como de boa qualidade de vida. Quem vive bem está melhor preparado para reagir melhor às adversidades. Mas aí surge a pergunta: o que aumenta nossa qualidade de vida, recarregando nossas energias para enfrentar situações difíceis? A analogia com uma bateria é oportuna: quando usada, precisamos recompor sua carga, para que continue fornecendo energia.
A primeira dica é manter uma alimentação saudável. Não me cabe aqui discorrer sobre o que seja uma alimentação saudável, pois não tenho formação profissional sobre este tema. Conheço apenas o trivial, da leitura de um texto ou outro sobre o assunto, para consumo próprio. Deixo, portanto, os detalhes para os nutricionistas. Fica, no entanto, o alerta de que este cuidado é indispensável para a boa saúde física. E consequentemente também para a psíquica e mental.
Outro aspecto a ser considerado é a importância da produção de endorfina para a qualidade de vida. Este hormônio tem sua produção estimulada pelo toque, afeto e amor. Você já deve ter se deparado com aqueles vídeos de pessoas na rua com plancas dizendo: “doam-se abraços”. Percebem a importância disto para quem raramente recebe um toque? Abrace, demonstre seu amor e carinho aos entes queridos. Preste atenção nos idosos: pais, tios e avós. Eles podem estar precisando do seu toque para produzir endorfina.
O riso também estimula a produção de endorfina. Há muita sabedoria no dito popular: rir é o melhor remédio. Os doutores do riso são voluntários palhaços que fazem crianças internadas rirem. Comprova-se que seu trabalho ajuda em muito na recuperação. A endorfina aumenta a resiliência. Portanto, olhe a vida com um olhar e postura positivas. Ria das situações engraçadas. E também das chuvas inesperadas que lhe encharcam até ficar pingando em um final de tarde quente. Ou mesmo que seja fria. Lembre-se, não tente mudar o que não está sob seu controle. Se for uma chuva fria, um banho quente vai ajudar bastante para evitar um resfriado. De uma forma geral, apure o seu senso de humor. Com isto você desarma os pessimistas.
Respirar de forma profunda e completa também ajuda na produção de endorfina. Você deve ter percebido que exercícios de relaxamento comumente trabalham a respiração profunda e completa. Isto estimula a endorfina, que é um anestésico e calmante. Ela também é conhecida com anestésico natural.
Os exercícios físicos igualmente estimulam a produção de endorfina. Aqui temos mais uma vantagem da prática esportiva. Além de nos manter em forma e promover integração social, também contribui com a produção de endorfina. Aumenta o ânimo e a disposição. Tem-se uma sensação de bem estar. Mesmo que acompanhada de pequenas dores musculares. A prática esportiva sem excessos é excepcional para uma boa qualidade de vida. Lembrando que é sempre recomendável o acompanhamento médico e a prática de exercícios que estejam de acordo com sua condição de saúde.
Por fim, sem pretender aqui fechar uma lista, cito que o relaxamento e o sono de boa qualidade contribuem para a produção de endorfina. Você já percebeu como tende a ficar mais irritado quando não dormiu direito e passa a ser pressionado para gerar resultado? Há pessoas que explodem por nada, só de olharmos para elas. O sono de boa qualidade tem suas regras. De uma forma geral, fala-se em sete a oito horas por dia. Quer dizer, por noite. Mas, cada um tem uma necessidade. Você deve, melhor do que ninguém, descobrir o que lhe é necessário. E não é só a quantidade. Quando se fala de qualidade do sono, diversos fatores entram em jogo. Considere-os.
Embora colocado de forma imperativa, aceite as palavras acima como recomendações. Não se preocupe em colocar tudo em prática de uma só vez. Escolha o que mais lhe agrada e procure aplicar. Depois, amplie com o tempo. É bem provável que você já faça muitas destas coisas. Talvez só precise cuidar com a quantidade. Tal como rir mais. Sem entrar no detalhamento dos estudos de psicologia que as fundamentam, você perceberá na prática que funcionam. E muito bem.
Há mais que se falar sobre a boa qualidade de vida e aumento da resiliência. Tratemos disso na sequência, em postagens futuras.
Abraços,
Emmanuel Gazda
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